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Sou paraense, nascido na Cidade de Belém, formado em Pedagogia, Especialista em Gestão Escolar, atuando profissionalmente nos municípios de Bragança e Augusto Corrêa em escolas do Campo.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Bragança na Dança da Galera

Dois Brasis, ao vivo e a cores ( autora: Ana Diniz)

Dois Brasis, ao vivo e a cores

Quem soube ver, viu, no domingo passado, ao vivo e em cores, os dois Brasis descritos por Roger Bastide há 50 anos. No Domingão do Faustão, a competição entre Bragança, no Pará, e Prudentópolis, no Paraná, revelou muito mais que a simples pluralidade brasileira, ou o marketing mexendo com as cidades, ou o poder de fogo da Globo.
Prudentópolis, limpíssima, arrumadíssima, pronta para a tevê. Uma cidade bem educada. Se ela é assim todos os dias, não sei; mas, se não é, a sua prefeitura providenciou para que se apresentasse impecável para o Brasil ver. A imagem era de um rico polo rural.
Bragança suja, precária, desordenada. Uma imagem do cortejo da pobreza: mercado a céu aberto, métodos de trabalho primários, cartazes com pinturas irregulares, barracas por toda parte. É assim todos os dias, não dá para fazer melhor, proclamava a cidade. Somos isso, e nada mais.
Os câmeras, em Prudentópolis, sucederam closes em lindas adolescentes louras. Ricos rostos bem tratados de olhos claros. Os câmeras, em Bragança, ignoraram solenemente os lindos rostos de traços índios que surgiam fugazmente nas imagens. As morenas de olhos amendoados e pele de cobre, longos e lisos cabelos negros, foram trocadas por barrigudos peixeiros de camisa aberta. O contraste revela claramente que o estereótipo continua a ser a lourice europeia: os profissionais da imagem não encontraram beleza alguma naqueles rostos de Ceci.
As tomadas feitas em Bragança não fizeram justiça ao município: nem mar, nem os canais do mangue mereceram referência. As tomadas de Prudentópolis aproveitaram ao máximo a paisagem serrana. Lá, quem fez o documentário pensava em turismo. Aqui, aparentemente nem passou perto a ideia de aproveitar um programa campeão de audiência, em rede nacional, para atrair visitantes.
Os dois Brasis mostraram-se inteiros.
Em Prudentópolis, o Brasil desenvolvido mostrou-se disciplinado, organizado e discreto. Em Bragança, bagunçado e ansioso. Em Prudentópolis, um Brasil bem vestido e bem tratado. Em Bragança, um Brasil em roupinhas de 1,99, gastas sandálias de dedo e poucos dentes, ansioso para dizer “estou aqui”.
Em Prudentópolis, delicadas sombrinhas; em Bragança, palhas de açaí, quase de graça.
À vontade, a apresentadora de Prudentópolis mostrou facilmente a cidade e seu povo. Constrangido, o apresentador de Bragança não conseguiu sequer se informar direito: se tivesse perguntado, saberia que Bragança faz a melhor farinha de mandioca do país - farinha que ele disse ser de milho. A apresentadora levou o filho para Prudentópolis: valia a viagem. O apresentador de Bragança demonstrou que aquilo era só um trabalho. Ele traduzia, simplesmente, a leitura que o Brasil desenvolvido faz do outro Brasil: uma terra estranha, pobre e feia, onde se tem que fazer cara boa para a câmera, por obrigação.
A rica Prudentópolis levou o prêmio maior, resultado correto pelas regras da competição. A pobre Bragança ficou com o menor. No mesmo dia, o poderio de Minas Gerais fez-se sentir, obrigando a Globo a dar para Diamantina premio igual ao que deu para a cearense Aracati, que vencera seu duelo.
O Brasil rico apresenta-se melhor, lógico. Quanto ao Brasil pobre, um prêmio de consolação lhe basta.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Desfile escolar da Semana da Pátria

         Escolas Anexas do Pólo Antonio da Silveira- Itapixuna ( Augusto Corrêa -Pa )
O desfile escolar em comemoração a semana da Pátria aconteceu no dia 04 de Setembro de 2010 com a presença das esclas anexas do pólo Itapixuna, com participação de todo corpo docente das escolas, dos alunos,  do Coordenador pedagógico Edinaldo carvalho e do Gestor Damião Medeiros, e de toda comunidade escolar das escolas que participaram do referido desfile contando com a participação especilal da Banda Fanfarra da escola Pólo Antonio da Silvaira - Itapixuna. 
E.M.E.F Vitalina da Costa Monteiro - Satubim



                                                E.M.E.F João de Castro Ribeiro- Areia Grossa


                                                      E.M.E.F Josefa Pimenta da Silva- Esmera


                                 Participação da Banda Fanfarra da Escola Antonio da Silveira

Cultura Popular

É um talento nato e incontestável, sendo mais que um nome, e sim uma marca,
é uma das artistas mais queridas do público brasileiro.
Eliemary Silva da Silveira conhecida como Mara Maravilha, nasceu em Itapetinga

 uma pequena cidade no interior da Bahia.
Aos 12 anos, em Salvador, Mara iniciou sua carreira artística cheia de talento precoce,

participou e venceu vários concursos na TV imitando Michael Jackson, Baby do Brasil...
Logo em seguida, Mara passou a apresentar programas infantis na TV Itapuã: Parquinho

– Um show de criança; Clube do Mickey; Domingo Show Criança e Vídeo Jovem.
Na extinta TV Tupi Mara apresentou o programa Aqui Agora, ao lado de
Christina Rocha, Wagner Montes, Sérgio Mallandro e Ari Soares, sob a direção de Wilton Franco.
Seu primeiro sonho começou a ser realizado quando a gravadora EMI – Odeom

reconheceu o seu talento e decidiu investir neste sucesso, fechando contrato para
lançamento de um compacto com duas músicas. Este foi o início de uma brilhante carreira.
Silvio Santos assistindo Mara cantando e apresentando o Clube do Mickey, em Salvador,

 reconheceu um grande talento com garantia de sucesso. Mara foi contratada pelo SBT
 para apresentar o Vamos Nessa; foi júri do Show de Calouros, apresentou TV Power;
Sessão Premiada; Preço Certo e ainda foi repórter especial do programa Viva a Noite,
 do apresentador Gugu Liberato.
Durante 07 anos consecutivos apresentou “Show Maravilha”, o qual foi eleito o melhor

 programa dos 25 anos do SBT pelos internautas do portal UOL.
Com mais de 20 anos de carreira, hoje, a apresentadora contabiliza, além do sucesso

 de seus programas, uma vitoriosa discografia, onde gravou mais de 15 discos, incluindo
também Espanhol, em sua carreira secular, e atualmente tem 15 discos gravados no Gospel
e também 04 Dvd`s.
Recebeu Disco de ouro em todos os seus discos, pela venda de mais de 100 mil cópias cada.
Mara é realmente uma Maravilha!
Afinal, é indiscutível seu talento, seu carisma, a beleza de sua voz e a qualidade de suas

 canções.
Não podendo deixar de destacar também a grande identificação que o público infantil

 tem com seu trabalho e sua mensagem.
O sucesso no Brasil levou Mara Maravilha ao exterior. Raul Gil foi um dos primeiros

 a falar sobre a sua iminente fama internacional.
Na Argentina Mara apresentou por dois anos o Show Mara Maravilha, gravado
 semanalmente num estádio sempre lotado de crianças.
A programação era transmitida para diversas cidades, tornando-a conhecida por

toda Argentina e Chile.

Poesia Educação no Campo

           

 

Educação no campo

No estudo de História
Gosto de prestar atenção
Falam de Grécia e Roma
Até de Napoleão
Só não lembram do município
Sua origem e fundação
Também falam das Américas
De Colombo e de Cabral
E esquecem do que me interessa
Da história do meu local
Põem a culpa toda no livro
Que vem lá da capital
Mas dizem que contempla os conteúdos
Da avaliação nacional


A Geografia é do mundo
Menos do meu mundo
Não há riachos, nem cachoeiras
Nem grotas, chã ou ladeira
Só uma tal de vertente
De uma realidade tão diferente
Falam da floresta equatorial
Muito do Pantanal
E quase nada da caatinga
Que é o meu normal
Não falam do umbuzeiro, xiquexique ou calombi
Vegetação tão freqüente
Nas matas do Cariri
Mostram o Himalaia e o Monte Everest
E pouco falam do Planalto do Borborema
Bem aqui no nosso Agreste


Ensinam-me a ler gibi
A escrever em um papel
Mas na biblioteca que quero ir
Não há nenhum cordel
Falam de ponto, vírgula e travessão
Mas esquecem da cultura
Como fala o povão
E não há ortografia
Nem tão pouco Academia
Que mude o sotaque das pessoas
Do Sul ou do Sertão

A Matemática é tão distante
Que não faz sentido não
Ver expoente e metro cúbico
Estudar tanta função
Mas não saber de quadro ou conta
Pra medir a plantação


Em Ciências é parecido
Falam muito de preservação
Mas não mostram na prática
Como mudar a situação
Não explicam que as queimadas
Provocam desertificação
Que o desmatamento das matas
Intensifica a erosão
Que o pau-d´arco tão bonito
Está à beira da extinção


Por isso fico a pensar
Se adianta a educação
O porquê de eu estudar
E se tudo não é ilusão
A escola está no campo
Mas os conteúdos não estão não
E se isso não mudar
Vou embora pra cidade
Pra tal da urbanização
Praticar o êxodo rural
Que pelo menos isso vi
Na aula sobre migração

João Paulo A. de Lima
João Paulo Lima
Publicado no Recanto das Letras em 24/07/2010
Código do texto: T2396740

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Sobre o autor
João Paulo Lima
Surubim/PE - Brasil, 25 anos
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terça-feira, 14 de setembro de 2010

CONCEPÇAO DE EDUCAÇAO DO CAMPO NO BRASIL.


  A educação do campo tem se caracterizado como um espaço de precariedade por descasos, especialmente pela ausência de políticas públicas para as populações que lá residem. Essa situação tem repercutido nesta realidade social, na ausência de estradas apropriadas para escoamento da produção; na falta de atendimento adequado à saúde; na falta de assistência técnica; no não acesso à educação básica e superior de qualidade, entre outros.
Quanto aos sujeitos que compõem esta realidade social, nos deparamos com uma infância, adolescência e juventude, desorientada frente aos desafios e incertezas da contemporaneidade, e tem se agravado com o processo de alienação e pelo pensamento provocado pelas experiências vivenciadas pelos que residem em espaços urbanos. Nesse contexto, as famílias têm procurado resistir na terra. Mas, a falta de condições dignas, necessárias à sobrevivência e de escolas tem dificultado a escolha entre permanecer ou não no campo.
A Educação do Campo dentro de uma abordagem histórica adentrando nas propostas de políticas públicas governamentais e em algumas discussões traçadas pelos movimentos organizados no cenário brasileiro. O campo na Amazônia Paraense, em diálogo com a realidade da multisserição não se mostra diferente de outras regiões de nosso país, o que reflete as péssimas condições do ensino em escolas do campo desde as instalações até a formação dos profiisionais que atuam nesse meio o que a cada dia entrava o processo educativo, nos deixando longe da tão sonhada "Educação de Qualidade".

Educação de Qualidade também se faz no Campo!!!!

O programa Escola Ativa busca melhorar a qualidade do desempenho escolar em classes multisseriadas das escolas do campo. Entre as principais estratégias estão: implantar nas escolas recursos pedagógicos que estimulem a construção do conhecimento do aluno e capacitar professores.